terça-feira, 5 de outubro de 2010

Izaura

Eis que surge altiva,
De presença marcante.
Traz em si singular perfume,
Que a muitos entorpece.
Izaura !

Carrega com muita fartura,
O feliz viver.
Teu choro é fonte de vida,
Lava o sofrimento alheio !
Izaura !

Transborda tua taça,
Feliz daquele que beber contigo.
Será refém do amor,
Jamais liberdade terá !
Izaura !

Teu caminho é marcado por luzes
Douradas.
Ao pisar a terra, tal mãe
Estremece.
Aos mortais não te assemelhas.
Izaura !

Teu rosto alvo, de contorno angelical,
Leva muitos que te contemplam,
A crerem no amor sobrenatural.
Não lhe tocam por medo.
Izaura !

Tuas mão suaves e macias,
O que tocam transmudam.
Não és fada nem bruxa !
Qual duas conchas pequenas e belas,
Nunca ficam vazias.

Izaura !
Teus cabelos tão finos,
Cor do ouro mais raro.
Emolduram teu rosto e lhe dão
Singeleza.
E soltos se agitam, exalando perfume incomum.
Izaura !

Teu sorriso, este sim; tem rara
Sonoridade. Enfeitiçam a tantos
Quantos ouçam ao longe.
Brota do fundo d´alma.
Izaura !

Tua voz, de rouquidão sonora,
Cativa e embala o coração atento.
Teus lábios sorvem doçura e
Produzem vida, unindo letras de
Forma harmônica.
Izaura !

Ah, quão tarde a conheci
Amor meu !
Porque, tão distante estive ?
Doravante, a chamarei pelo nome.
Ouça-me atenta.
Desça tua luz sobre mim.
Izaura ! Minha amada !

Autor : Conde

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