Caminho no meio da multidão,
Parece estranho, mas não sou notado.
Visível eu? Sim. Penso que sou – estou,
O barulho é intenso, se esbarram – anônimos.
Continuo caminhando no meio da multidão,
Cada rosto – uma história, uma vida – e eu?
A turba me assusta – estou só, ainda não sou visto,
Ignoram-me. Cada qual se basta – autômatos.
A multidão segue; e eu no meio – sou levado,
Não sou tocado – sou imaterial, não sabia!
Solidão e multidão andam juntas – ironia,
Mesma gênese, mesma matéria.
O que fazer, ficar só – menos mal,
Ouvir acalenta o coração solitário – esquecido.
Que risco corremos em meio a massa,
Ser notado visto, lembrado, quiçá Amado.
...caminho no meio da multidão!
Autor: Conde
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