sábado, 6 de novembro de 2010

Covarde

Triste, opaco, inerte – sem vida,
Assim vive o covarde – vegeta.
Não se revela por inteiro,
A um místico se assemelha.

Protagonista, nunca será,
Viverá sempre na retaguarda da vida.
Onde chega, trás sombras, ofusca,
Incapaz que é de um ato honroso.

O covarde também ama – verdade!
Seu amor carece de vida e beleza.
Objeto de seu amor – o medo,
Privado de liberdade e gosto.

De tudo esconde, de tudo foge,
A vida, um fardo lhe parece.
Tudo adia – é só pensar,
Amanhã, diz ele – amanhã decido!
Mas a vida é dinâmica e não espera,

Autor : Conde

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