sábado, 6 de novembro de 2010

Começo

Aproxima-se,
O termo,
E agora ?
Tão desejado teu caminho,
Vai, siga em frente.
A porta se fechará às tuas costas.
Quanto tempo – teu desejo,
Guardastes em silêncio.
A hora é chegada,
O Frio,
O Silêncio,
O Vazio,
O Opaco,
O sem brilho,
Inodoro mesmo por vezes.
Experimente, o sabor,
Familiar não é.
Do outro lado a vida pára e
Te contempla – o que queres aqui ?
Por que viestes a este estado,
O da Solidão ?
Opção – imposição – ambas ?
O que importa agora é o tempo,
De certo será longo,
Não verás seu fim.
Use e abuse poeta,
É todo seu – silêncio.
Medita pois tua vida aqui,
Deste lado.
Respira e inspira – transpira mesmo,
Todo tempo será teu.
Transforme-o em lágrimas,
Transforme-o em vida interior,
Transforme-o em Amor próprio,
Desprovido de ranço e sofrer.
Pense grande,
Debruce sobre o pensar,
Sobre o belo,
Sobre o puro,
Sobre a vida – bem vivida,
Sofrida, mas vida.
Com o choro conviva honrosamente,
Sorria se for capaz – e muito.
Mas acima de tudo,
Viva !

Autor : Conde

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